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Monte St Michel – beleza única

Por: Patricia Lima
Vista Geral 2

Chega a dar susto quando a gente se depara com tamanha beleza, que já começa a se mostrar mesmo de longe, antes de chegarmos ao local!

O início do Monte remonta ao século VIII, onde segundo a tradição, Aubert ( bispo de Avranches) teria construído no ano 708 a primeira igreja a pedido de São Miguel Arcanjo. A pequena capela sobre o rochedo se tornou ponto de peregrinação e deu origem a uma vila medieval. Ao mesmo tempo, monges beneditinos se mudaram para o local e deram início a um monastério. A igreja ganhou novas instalações no século XI e foi ampliada no século XII. Apenas no século XIII-com a ajuda de Felipe Augusto, então rei da França-o local recebeu fortificação e foi dado início à construção da atual abadia. Ou seja, uma ilha rochosa onde foi construído uma abadia e santuário.

Impossível não entrar em choque com tamanha grandiosidade. Antes mesmo de chegar lá, é fácil entender o porquê de tanta popularidade. À medida que os visitantes se aproximam, o impacto consegue ser ainda maior. O Monte faz parte da lista de desejos de muitos viajantes. E podemos garantir que ele merece todas essas atenções!

Muitos acham que é um castelo, mas não é. Nunca viveram reis e rainhas, mas sim monges beneditinos e peregrinos. A região murada abriga um vilarejo medieval, um mosteiro e uma lindíssima abadia que dá nome ao monte. Tudo rodeado por um maravilhoso fenômeno natural que atrai milhares de visitantes: as maiores marés da Europa. O Monte Saint-Michel é ainda mais imponente diante da maravilhosa paisagem natural da região.

O Monte fica a noroeste da França na região da Normandia.

Foi um dos primeiros locais a receber o título de Patrimônio Mundial da Unesco. Na maré cheia, o nível da água chega a subir 15 metros, momento em que o monte se transforma numa ilha. Com a maré baixa o acesso é feito por uma ponte a pé (cerca de 45 minutos caminhando) ou em ônibus gratuito do Monte, já que os carros precisam ser deixados fora da ilha. Da primeira vez em que estive lá, os carros ficavam perto do monte e com a subida da maré tocavam uma sirene para que os carros fossem retirados do local, se não quiséssemos ter o carro arrastado….

É hoje o terceiro lugar mais visitado da França, ficando só depois de Paris e Versailles.

Como ir?

Algumas pessoas preferem ir e voltar no mesmo dia, mas não acho a melhor opção, já que são cerca de 4:30h horas de carro de Paris até lá. Além disso, a visão do monte iluminado à noite é algo pra lá de especial, o que faz com que o mais recomendado seja que se durma por lá.

A maioria das empresas de turismo oferecem o passeio de um dia partindo de Paris.

Quando ir?

É aconselhável que você dê uma olhada na tabela das marés se quiser ver todo o esplendor que elas causam no monte. O monte literalmente se transforma em uma ilha durante a maré alta! É algo indescritível.

O ideal é que você visite em época de lua cheia e nova, nas marés altas.

Se tiver tempo prove o omelete da La Mère Poulard, no estilo baveuse (cozido por fora e cru por dentro) Instagram: @merepoulardfr

No site oficial de lá você pode consultar a tabela das marés: https://www.ot-montsaintmichel.com/

O que fazer dentro do Monte?

Andar por dentro dos muros faz você se sentir parte dos cenários de filmes medievais, sem nenhum exagero. Já visitei várias cidades históricas e muradas, mas a junção da arquitetura com a beleza natural que o rodeia, faz dele uma beleza singular.

Você só não consegue se transportar em função dos inúmeros turistas (cerca de 20.000 por dia) que visitam diariamente a região murada, subindo até a abadia. Sugiro tentar fugir da rota principal para ter uma sensação única.

A entrada é gratuita para o monte e para visitar toda a região murada. A maioria vai até o topo para visitar a abadia, cuja visita é imperdível e custa em torno de 10 euros. Pra subir as ruelas e escadas, sugiro um tênis para que você não desista no meio.

A abadia tem uma arquitetura românica com detalhes góticos e você pode perceber essa mistura de estilos na igreja no seu interior. Além da igreja, não deixe de visitar a região chamada de “Marvelle”, que é a área onde viviam os monges antigamente. Lá você pode observar os edifícios, o claustro e o refeitório e se tiver tempo desça até a área inferior da capela São Martin.

Além da Abadia, aproveite para andar pelas vielas onde você volta no tempo, com várias construções do século XV

Abadia
a imponente Abadia
Abadia Interior 3
os jardins da Abadia
Abadia Pat New
Pat visitando os jardins
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o antigo refeitório
Abadia Interior 8
corredores laterais do jardim
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a estátua de São Miguel
Abadia Interior 65
o interior da Abadia

Onde comer?

O local mais disputado é sem duvida o restaurante “Mère Poulard” logo na entrada do monte. Um omelete feito à forma francesa, ou seja, baveuse (cozido por fora e cru por dentro). Ele é feito na frente dos clientes em frigideiras enormes e cozido na lareira, garantindo um espetáculo à parte.

Além desse local, a rua principal é cheia de vendedores de souvenirs e de panquecas. Existem dois tipos de panquecas:

– a típica da Normandia são feitas de farinha branca e recheio doce (os conhecidos crepes)

– a típica da Bretanha são feitas de trigo sarraceno e recheio salgado (as gallettes)

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a preparação do omelete
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Onde ficar?

Se puder ficar por lá uma noite, sugiro ficar dentro da muralha, claro. Você vai poder apreciar a paisagem linda noturna além de vivenciar a magia do local ao entardecer, e melhor: vazia de turistas.

Existem vários pequenos hotéis dentro da muralha com diárias em torno de 80 euros e o restaurante do omelete, Mère Poulard também possui um ótimo hotel mas com preços bem mais “salgados” em torno de 200 euros. Se você se contentar em ver a paisagem de longe, pode ficar em algum hotel do continente mas se for para curtir, tente ficar lá dentro.

Pat E O Monte New
Pat com o Monte ao fundo
Ruas 2
rua principal
Rua Principal 2
rua principal
Nos E O Monte New 2
Nós e o Monte, no tempo em que os carros iam até lá
Pat Com Mar Atras
Pat com o mar atrás, onde antes estavam os carros

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