A cidade de Londres tem locais lindos, muita história, arquitetura diferenciada e áreas verdes pra todo lado. Mas a área chamada “Covent Garden” reúne bares, restaurantes, lojas, mercado, teatro, museu, igrejas e uma vida pulsante com atividades de entretenimento ao ar livre que dão a ela um charme especial.
História
O nome na verdade teve origem no século XIII, quando a Convento de Saint Peter, pertencente a Abadia de Westminster, decidiu transformar os jardins do convento em um mercado para a comunidade. Lá, num espaço de 40 hectares, foi feito horta para alimentar os monges. Três séculos depois a área se tornou um mercado que servia como abastecimento de frutas e vegetais para a cidade de Londres e assim permaneceu por mais de 600 anos.
Em 1540 o rei Henry VIII dissolveu todas as propriedades monásticas do país e a região do “Convent Garden” foram confiscadas e a maior parte foi concedida a John Baron Russell, primeiro Conde de Bedford. Em 1914 as famílias Bedford e Beecham fizeram um acordo para a venda da propriedade, que só foi concretizado em 1918 em função da Primeira Guerra Mundial.
Em 1632, Francis Russell, o quarto Conde de Bedford, decidiu construir naquela área um bairro residencial de luxo. O projeto coube a Iñigo Jones (1573-1652), o primeiro e mais importante arquiteto do renascimento inglês, que buscou inspiração em outras praças públicas, como a italiana Piazza Grande, em Livorno, e a francesa Place Royale (hoje Place des Voges), em Paris.
O mercado, que foi originalmente ao ar livre, ocupava o centro da praça, sendo que o primeiro registro de um “novo mercado de Covent Garden” é de 1654, quando o Duque autorizou a instalação de várias barracas temporárias contra o muro dos jardins de Bedford House, a principal e maior construção da praça e sua casa em Londres.
Com os anos, o mercado original que possuía barracas de madeira e galpões tornou-se desorganizado e em 1826 foi concedida a autorização para a construção do edifício que abriga o mercado até hoje, em estilo neo-clássico, com muito charme. Os telhados de vidro foram colocados mais tarde. O “Flower Market” (Mercado das Flores) foi inaugurado em 1870, e o “Jubilee Market” foi finalizado em 1904.
No final dos anos 1960, o tráfego na região se complicou pois havia cada vez mais necessidade de caminhões grandes e em 1974 houve a mudança para um prédio maior que foi chamado de “New Covent Garden Market” , 5km do local antigo.
Após um processo de revitalização, o edifício original foi reaberto em 1980 como um centro comercial, de lazer e convivência, tornando-se um local agradável para passear durante todo o ano todo. Entre as quase 100 lojas dispostas em 3 pisos, é possível encontrar marcas de luxo e alternativas de roupas, além de calçados, livros, perfumes, galerias de arte etc. E o mais importante: um local super animado, com apresentações ao ar livre. Um local que não dá vontade de sair!
É este mercado que visitamos hoje no centro da Piazza de Covent Garden.
Hoje CONVENT se transformou em COVENT ( sem o N que foi suprimido com o tempo, do nome do local).
Por onde começar?
- Praça Covent Garden – Vá para a praça primeiro, para sentir o “clima” do local. Essa praça foi concebida em 1631 e inspirada nas praças italianas e na Place des Vosges de Paris com as arcadas e prédios nas laterais. Tem paralelepípedos no piso e que felizmente não foram substituídos por asfalto. E o melhor: trânsito impedido para carros.
Nessa área em vários momentos do dia você vai poder assistir espetáculos, assim como nas áreas internas do Mercado.
2. Mercado – Da praça, sugiro visitar o Mercado que é um dos mais atraentes da Europa com sua construção do século 19 em estilo neoclássico e teto de vidro. Suba para o andar superior e sem pressa aprecie o vai e vem de gente e das apresentações.
No piso inferior a foto acima mostra o chamado “Performance Pitch”, espaço cercado de lojas e restaurantes com mesinhas na área central, dedicado às apresentações de música clássica. O público costuma ocupar também a grade no piso superior e assistir esses espetáculos.
O mercado ocupa todo o centro da praça. Neste lado, estão as lojas de maquiagem beleza, entre elas a Chanel, a Dior Beauty Boutique etc
Entrando no mercado, chegamos no chamado North Hall, com lojas e restaurantes, além do Apple Market, que mantém a tradição do mercado com vendedores individuais.
No Apple Market você vai encontrar essas bancas da foto acima, vendendo bijuterias, gravuras, e artesanato em geral, e nas segundas-feiras são vendidas antiguidades.
Continuando a andar pelo mercado você vai dar na parte chamada de South Hall, com várias lojas e o charmoso andar inferior, com mesinhas e cadeiras além do um lugar reservado para artistas se apresentarem.
Na saída do mercado já na parte sul da praça, está o Jubilee Market, que não é parte do mercado de Covent Garden, mas também vende artesanato, souvenir e outras bugigangas. Não é o lugar mais barato para comprar souvenir.
Nessa mesma área você também encontra o chamado “East Colonnade Market” ( localizado do lado esquerdo), que oferece pedras preciosas, jóias, sabonetes, bolsas, doces, roupas infantis e obras de arte, entre outros itens. Há também o pequeno “Jubille Market” (atrás do Covent Garden na parte sul da praça) que possui uma variedade enorme de barracas que mudam suas mercadorias todos os dias, desde roupas a utensílios domésticos, além de objetos de arte.
3. Royal Opera House – É a sede de duas companhias artísticas de prestígio mundial: o Royal Ballet e o Royal Opera.
Não há nada mais londrino e chique do que assistir a um espetáculo em Covent Garden, como a Ópera de Londres é chamada! E não pense que o valor é sempre exorbitante, a Royal Opera House oferece ingressos acessíveis para todas as apresentações.
Durante todo o ano há apresentações de balé e ópera, assim como outros eventos incluindo peças teatrais e espetáculos de dança. Clique aqui para comprar ingressos.
A entrada principal da Ópera é pela Bow Street, mas há uma pequena entrada também pela praça de Covent Garden.
4. Igreja de São Paulo – Desde o início ela é associada ao teatro e às artes dramáticas. Na verdade a St Paul’s Church é conhecida como “igreja do ator” e diz a história que foi palco da primeira apresentação do teatro de marionetes que se tem registro, ainda no século XVII. Vale ressaltar que ela não é a famosa St Paul’s Cathedral. Ela na verdade é uma igreja anglicana e que funciona também como casa de espetáculos.
5. Museu de Transportes de Londres – se estiver viajando com crianças, esse é um programa perfeito!
O London Transport Museum, como ele é chamado, explora a história de Londres e seu sistema de transporte público nos últimos 200 anos, enfatizando as ligações entre o transporte e o desenvolvimento da cidade e do seu povo.
O museu é bem interativo, oferecendo muitas oportunidades das crianças colocarem a mão na massa e conhecerem, além de veículos históricos, posters famosos, modelos, sinalização e outros objetos fantásticos do arquivo do museu.
6. Somerset House – Esse palacete já fica na divisa de Covent Garden com o Rio Tâmisa mas dá pra ir caminhando até lá. É na verdade um palacete monumental que foi construído em 1776 em um local onde havia anteriormente um palácio da era Tudor. Era um dos vários palacetes da beira do Tâmisa e atualmente é dos poucos que ainda restam.
Hoje a Somerset House é um centro cultural com uma programação variada, desde cinema a céu aberto até rinque de patinação no gelo.
Dica
1. Abacaxi – Quando você estiver dentro do mercado, observe o desenho de um abacaxi na parte superior das luminárias. Por volta de 1650 os primeiros abacaxis começaram a ser cultivados na Inglaterra. Era considerado sinônimo de riqueza e hospitalidade, e passou a ser usado por arquitetos, artistas e artesãos para adornar telhados, portas e janelas de grandes casas e edifícios públicos. O desenho também foi representado em paredes, toalhas de mesa, tapetes, carpetes e placas, gravado em vidro, metal e madeira entalhada. Graças à sua imensa popularidade, tornou-se o símbolo do mercado.
2. Sua foto – Se quiser uma super foto, o local mais instagramável de Covent Garden fica em um bequinho, na diagonal da Royal Opera House. A rua se chama Broad Court, esquina com Bow Street (a rua da Ópera). Lá você vai encontrar a estátua linda de uma bailarina e as charmosas cabines telefônicas para se deliciar nas fotos.
Broad Court Street Lustres com abacaxi
Covent Garden é o único lugar em Londres com permissão para realizar espetáculos de rua, onde os atores e artistas precisam fazer um teste com a direção do mercado e representantes do sindicato dos atores para poderem atuar. Sendo assim, curta e aprecie nos diferentes locais dessa região. Lá você encontra apresentações todos os dias do ano, exceto no dia de natal. As apresentações costumam ser feitas a cada hora com duração entre 30 a 40 minutos. Não dá pra perder!!!
Abaixo o mapa da área do Covent Garden
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