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Covent Garden – o charme londrino

Por: Patricia Lima

A cidade de Londres tem locais lindos, muita história, arquitetura diferenciada e áreas verdes pra todo lado. Mas a área chamada “Covent Garden” reúne bares, restaurantes, lojas, mercado, teatro, museu, igrejas e uma vida pulsante com atividades de entretenimento ao ar livre que dão a ela um charme especial.

Entrada 2
Covent Ggle
barracas para todos os gostos

História

O nome na verdade teve origem no século XIII, quando a Convento de Saint Peter, pertencente a Abadia de Westminster, decidiu transformar os jardins do convento em um mercado para a comunidade. Lá, num espaço de 40 hectares, foi feito horta para alimentar os monges. Três séculos depois a área se tornou um mercado que servia como abastecimento de frutas e vegetais para a cidade de Londres e assim permaneceu por mais de 600 anos.

Em 1540 o rei Henry VIII dissolveu todas as propriedades monásticas do país e a região do “Convent Garden” foram confiscadas e a maior parte foi concedida a John Baron Russell, primeiro Conde de Bedford. Em 1914 as famílias Bedford e Beecham fizeram um acordo para a venda da propriedade, que só foi concretizado em 1918 em função da Primeira Guerra Mundial.

Em 1632, Francis Russell, o quarto Conde de Bedford, decidiu construir naquela área um bairro residencial de luxo. O projeto coube a Iñigo Jones (1573-1652), o primeiro e mais importante arquiteto do renascimento inglês, que buscou inspiração em outras praças públicas, como a italiana Piazza Grande, em Livorno, e a francesa Place Royale (hoje Place des Voges), em Paris.

O mercado, que foi originalmente ao ar livre, ocupava o centro da praça, sendo que o primeiro registro de um “novo mercado de Covent Garden” é de 1654, quando o Duque autorizou a instalação de várias barracas temporárias contra o muro dos jardins de Bedford House, a principal e maior construção da praça e sua casa em Londres.

Foto Antiga
Covent Garden – 1720

Com os anos, o mercado original que possuía barracas de madeira e galpões tornou-se desorganizado e em 1826 foi concedida a autorização para a construção do edifício que abriga o mercado até hoje, em estilo neo-clássico, com muito charme. Os telhados de vidro foram colocados mais tarde. O “Flower Market” (Mercado das Flores) foi inaugurado em 1870, e o “Jubilee Market” foi finalizado em 1904.

No final dos anos 1960, o tráfego na região se complicou pois havia cada vez mais necessidade de caminhões grandes e em 1974 houve a mudança para um prédio maior que foi chamado de “New Covent Garden Market” , 5km do local antigo.

Após um processo de revitalização, o edifício original foi reaberto em 1980 como um centro comercial, de lazer e convivência, tornando-se um local agradável para passear durante todo o ano todo. Entre as quase 100 lojas dispostas em 3 pisos, é possível encontrar marcas de luxo e alternativas de roupas, além de calçados, livros, perfumes, galerias de arte etc. E o mais importante: um local super animado, com apresentações ao ar livre. Um local que não dá vontade de sair!

É este mercado que visitamos hoje no centro da Piazza de Covent Garden.

Hoje CONVENT se transformou em COVENT ( sem o N que foi suprimido com o tempo, do nome do local).

Geral 2
Covent Garden 9
Pat na área North Hall

Por onde começar?

  • Praça Covent Garden – Vá para a praça primeiro, para sentir o “clima” do local. Essa praça foi concebida em 1631 e inspirada nas praças italianas e na Place des Vosges de Paris com as arcadas e prédios nas laterais. Tem paralelepípedos no piso e que felizmente não foram substituídos por asfalto. E o melhor: trânsito impedido para carros.

Nessa área em vários momentos do dia você vai poder assistir espetáculos, assim como nas áreas internas do Mercado.

Covent Garden Ggle
praça com entrada do Mercado

2. Mercado – Da praça, sugiro visitar o Mercado que é um dos mais atraentes da Europa com sua construção do século 19 em estilo neoclássico e teto de vidro. Suba para o andar superior e sem pressa aprecie o vai e vem de gente e das apresentações.

Covent Ggle 3
Performance Pitch

No piso inferior a foto acima mostra o chamado “Performance Pitch”, espaço cercado de lojas e restaurantes com mesinhas na área central, dedicado às apresentações de música clássica. O público costuma ocupar também a grade no piso superior e assistir esses espetáculos.

O mercado ocupa todo o centro da praça. Neste lado, estão as lojas de maquiagem beleza, entre elas a Chanel, a Dior Beauty Boutique etc

Entrando no mercado, chegamos no chamado North Hall, com lojas e restaurantes, além do Apple Market, que mantém a tradição do mercado com vendedores individuais.

Mercado Vv

No Apple Market você vai encontrar essas bancas da foto acima, vendendo bijuterias, gravuras, e artesanato em geral, e nas segundas-feiras são vendidas antiguidades.

Continuando a andar pelo mercado você vai dar na parte chamada de South Hall, com várias lojas e o charmoso andar inferior, com mesinhas e cadeiras além do um lugar reservado para artistas se apresentarem.

Na saída do mercado já na parte sul da praça, está o Jubilee Market, que não é parte do mercado de Covent Garden, mas também vende artesanato, souvenir e outras bugigangas. Não é o lugar mais barato para comprar souvenir.

Nessa mesma área você também encontra o chamado “East Colonnade Market” ( localizado do lado esquerdo), que oferece pedras preciosas, jóias, sabonetes, bolsas, doces, roupas infantis e obras de arte, entre outros itens. Há também o pequeno “Jubille Market” (atrás do Covent Garden na parte sul da praça) que possui uma variedade enorme de barracas que mudam suas mercadorias todos os dias, desde roupas a utensílios domésticos, além de objetos de arte.

Covent Garden 3
performance na parte interna do mercado

3. Royal Opera House – É a sede de duas companhias artísticas de prestígio mundial: o Royal Ballet e o Royal Opera.

Não há nada mais londrino e chique do que assistir a um espetáculo em Covent Garden, como a Ópera de Londres é chamada! E não pense que o valor é sempre exorbitante, a Royal Opera House oferece ingressos acessíveis para todas as apresentações.

Durante todo o ano há apresentações de balé e ópera, assim como outros eventos incluindo peças teatrais e espetáculos de dança. Clique aqui para comprar ingressos.

A entrada principal da Ópera é pela Bow Street, mas há uma pequena entrada também pela praça de Covent Garden.

Royal Opera House

4. Igreja de São Paulo – Desde o início ela é associada ao teatro e às artes dramáticas. Na verdade a St Paul’s Church é conhecida como “igreja do ator” e diz a história que foi palco da primeira apresentação do teatro de marionetes que se tem registro, ainda no século XVII. Vale ressaltar que ela não é a famosa St Paul’s Cathedral. Ela na verdade é uma igreja anglicana e que funciona também como casa de espetáculos.

St Paul
St Paul Church

5. Museu de Transportes de Londres – se estiver viajando com crianças, esse é um programa perfeito!

O London Transport Museum, como ele é chamado, explora a história de Londres e seu sistema de transporte público nos últimos 200 anos, enfatizando as ligações entre o transporte e o desenvolvimento da cidade e do seu povo.

O museu é bem interativo, oferecendo muitas oportunidades das crianças colocarem a mão na massa e conhecerem, além de veículos históricos, posters famosos, modelos, sinalização e outros objetos fantásticos do arquivo do museu.

London Transporte Museum

6. Somerset House – Esse palacete já fica na divisa de Covent Garden com o Rio Tâmisa mas dá pra ir caminhando até lá. É na verdade um palacete monumental que foi construído em 1776 em um local onde havia anteriormente um palácio da era Tudor. Era um dos vários palacetes da beira do Tâmisa e atualmente é dos poucos que ainda restam.

Hoje a Somerset House é um centro cultural com uma programação variada, desde cinema a céu aberto até rinque de patinação no gelo.

Somerset House 1486 Jpg Original
Somerset House
Covent Garden 1
Pat na Praça Covent Garden

Dica

1. Abacaxi – Quando você estiver dentro do mercado, observe o desenho de um abacaxi na parte superior das luminárias. Por volta de 1650 os primeiros abacaxis começaram a ser cultivados na Inglaterra. Era considerado sinônimo de riqueza e hospitalidade, e passou a ser usado por arquitetos, artistas e artesãos para adornar telhados, portas e janelas de grandes casas e edifícios públicos. O desenho também foi representado em paredes, toalhas de mesa, tapetes, carpetes e placas, gravado em vidro, metal e madeira entalhada. Graças à sua imensa popularidade, tornou-se o símbolo do mercado.

2. Sua foto – Se quiser uma super foto, o local mais instagramável de Covent Garden fica em um bequinho, na diagonal da Royal Opera House. A rua se chama Broad Court, esquina com Bow Street (a rua da Ópera). Lá você vai encontrar a estátua linda de uma bailarina e as charmosas cabines telefônicas para se deliciar nas fotos.

Covent Garden é o único lugar em Londres com permissão para realizar espetáculos de rua, onde os atores e artistas precisam fazer um teste com a direção do mercado e representantes do sindicato dos atores para poderem atuar. Sendo assim, curta e aprecie nos diferentes locais dessa região. Lá você encontra apresentações todos os dias do ano, exceto no dia de natal. As apresentações costumam ser feitas a cada hora com duração entre 30 a 40 minutos. Não dá pra perder!!!

Covent Garden 8
muitas ótimas opções de bares e restaurantes

Abaixo o mapa da área do Covent Garden

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