Bruges é uma cidade razoavelmente grande, que tem em torno de 120.000 habitantes, se comparada ao nosso percurso de micro cidades ao redor do Reno. Mas como já estivemos várias vezes para ir até lá sem que isso acontecesse, resolvemos desviar um pouco o caminho para ir finalmente conhecer a charmosa cidade na Bélgica.
A cidade é capital da província de Flandres Ocidental, noroeste da Bélgica e distingue-se pelos canais, pelas ruas de paralelepípedos e pelas construções medievais.
Saimos de Amsterdam direto para Bruges e chegamos já à noite. Parecia um pouco cidade de bonecas, com ruas pequenas, alguns restaurantes pequenos e pouca gente. No dia seguinte… parecia que estávamos em outra cidade, com muita gente mas muita gente mesmo! Isso porque a cidade é uma rota turística de vários locais próximos que vendem o passeio por um dia. Ou seja, um bate volta que faz com que a cidade fique muito cheia durante o dia e bem mais vazia e calma durante a noite.
A escolha é sua. Se quiser também conhecer a cidade do jeito que ela é, escolha dormir pelo menos uma noite. E foi o que fizemos.
História
Bruges é chamada de Veneza do Norte, em função de seus diversos canais e também ligam a cidade a Gent que é uma cidade próxima. Existem vários passeios de barco durante o dia para os turistas, alguns até chegam à cidade de Gent e outras cidades.
Bruges chegou a ser uma das principais economias da Europa, entre os séculos XII e XV. A cidade era repleta de comerciantes vindos dos quatro cantos do mundo. Até que o rio, que ligava a cidade ao mar, foi assoreado e os navios ficaram sem acesso. Nisso, a cidade viveu um período meio adormecida, só mudando depois de 400 anos quando se tornou um dos pontos turísticos mais visitados da Europa. É interessante que os belgas de outras cidades costumam dizer que Bruges é turística demais e que sua preservação chega a ser um pouco exagerada…. Enfim opiniões de todos os tipos!
Bruges também tem as ruínas de uma fortaleza, e alguns moinhos às margens dos canais. A cidade conseguiu sobreviver praticamente intacta aos ataques alemães durante as duas guerras mundiais. Desde o ano de 2000, Bruges foi elevada a Patrimônio Mundial da Unesco e em 2002 se tornou Capital Mundial da Cultura, junto com a cidade de Salamanca na Espanha.
O que fazer
- Comece pelo centro, no caso a Markt Place. Onde tudo acontece e onde você vai se surpreender com tamanha beleza.
Num dos lados da Markt tem uma sequência de casinhas coloridas de quatro andares que até parecem de brinquedo. Aqui funcionam restaurantes e cafés de todos os tipos, para que você sente e fique apreciando a beleza do local e o vai e vém dos milhares de turistas. A arquitetura se mantém intacta com os frontões em degraus. Muito charmoso!!!
. E é também na praça central que fica o Campanário de Bruges, principal símbolo da cidade. Se tiver disposição para subir, é só encarar uma escada de…. 366 degraus para chegar ao topo. A vantagem é que você vai ter uma vista privilegiada da cidade e ver bem de pertinho o carrilhão e seu 47 sinos. Sugiro fazer essa visita de manhã cedo, quando os turistas ainda não chegaram e a subida fica mais tranquila.
- Outra construção incrível da Grote Markt é o Provinciaal Hof – edifício neogótico que abriga a sede do governo provincial de Flandres Ocidental, da qual Bruges faz parte. Destaque ainda para duas estátuas bem ao centro da praça, representando Jan Breydel e Pieter de Coninck.
- Uma das áreas mais antigas da cidade é outra praça, a BurgPlatz que se manteve ao longo dos anos como centro político e religioso de Bruges. Muito por conta de dois edifícios emblemáticos: a lateral do prédio da Prefeitura de Bruges, e a Basílica do Sangue Sagrado (Basiliek van het Heilig Bloed ), a igreja mais importante da cidade. É uma igreja dedicada tanto à Nossa Senhora quanto a São Basílio. O andar inferior tem arquitetura românica, e o andar superior é de estilo neogótico. Com isso o que temos é uma igreja mais antiga e austera embaixo, toda de pedra, e uma igreja mais vibrante na parte de cima, toda em madeira. É na Igreja superior que está o maior tesouro da Basílica do Sangue Sagrado: um frasco contendo um pano com o que seria o sangue de Cristo. Em geral, nessa parte forma-se uma pequena fila para observar de perto a relíquia – e não é permitido fotografar. Quando visitamos presenciamos um casamento que acontecia no local. Adorei a experiência!
Talvez você já tenha ouvido falar de alguém que esteve em Bruges e não gostou, ou que achou a cidade muito “turística”, no pior sentido da palavra. Tenho que concordar que o turismo de massa realmente prejudica um pouco a experiência e a percepção que se tem da cidade como um todo. Nos dias mais cheios, não vai dar tempo de visitar tudo e você poderá perder muito tempo em enormes filas para andar de barco ou subir até o Campanário. Por isso, sugiro ficar ao menos 2 dias na cidade para que você consiga aproveitar e fazer os programas mais agradáveis e não apenas visitar rapidamente. Até porque Bruges não é exatamente uma cidade de grandes“atrações”, e sim uma cidade para ser curtida sem pressa. A sensação de acordar em Bruges antes da cidade lotar e poder aproveitar a cidade mais lentamente, é algo único! E à noite, a cidade medieval ganha ares de romance. Impossível não se apaixonar se visitar dessa forma.
Como ir
A melhor maneira de se chegar a cidade é de trem ou de carro, dependendo do tipo de viagem que você está fazendo. Ela fica perto da fronteira com a Holanda e dá pra conjugar com a visita a outras cidades da região, além de Gent, a cidade mais próxima.
Onde ficar
Como em toda cidade medieval europeia, a melhor localização em Bruges é o mais próximo possível de seu centro histórico. De preferência, o mais perto da Grote Markt ou Grand Place. Essa é a principal praça da cidade, e em seus arredores está quase tudo que você vai querer visita por lá.
Bom Passeio…..
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