Um museu situado em uma casa agradável com inspirações Andaluzas, que tem como meta principal abrigar todas as obras e objetos pessoais e de decoração do artista espanhol Joaquín Sorolla, o “luminoso”.
História
Clotilde García del Castillo em seu testamento de 1925, deixou para o Governo Espanhol a casa e a coleção de tudo relativo ao artista, para que fosse criado o Museu em memória de seu marido.
No ano de 1931 foi criado o Patronato/Fundação da qual faziam parte os três filhos de Sorolla, além dos representantes das principais instituições espanholas dedicadas a Belas Artes. O museu foi inaugurado em 1932 tendo como diretor Joaquín Sorolla y Garcia, filho do artista, e nos primeiros anos de funcionamento foi feita a conservação da casa na forma como ela havia sido conhecida. Entretanto, a Guerra Civil obrigou ao fechamento do museu deixando as obras armazenadas e o a reinauguração foi feita em 1941.
Após algumas obras, além do térreo que já funcionava anteriormente, foi aberto o andar superior onde antes funcionavam os quartos da residência do artista.
Joaquín Sorolla y García também doou ao Estado Espanhol todos os seus bens à Fundação Museu Sorolla e o mesmo foi feito pelos seus outros irmãos, o que acrescentou 156 obras e desenhos ao acervo anteriormente existente. Após o falecimento de Joaquín Sorolla y García, o sobrinho do artista, Francisco Pons-Sorolla o sucedeu na diretoria do Museu.
A partir da década de 1970, a mudança nas legislações espanholas fez com que a Fundação Museu Sorolla se desdobrasse em duas novas entidades: Museu Sorolla e Fundação Museu Sorolla.
A casa que hoje abriga o Museu foi um projeto próprio de Sorolla, como mostram os diversos desenhos realizados por ele e que podem ser vistos na visita ao Museu. Da mesma forma ele fez com os jardins que projetou e escolheu as espécies que iriam ser plantadas no local.
O pintor
Joaquin Sorolla nasceu em Valência em 27 de fevereiro de 1863. Seus pais faleceram de uma epidemia de cólera quando ele tinha apenas 2 anos. Ele e sua irmã foram criados pela familia de seu tio materno.
Fez sua formação acadêmica na Escola de Belas Artes e começou a pintar ao ar livre, combinando sua habilidade em registrar a luz com cenas cotidianas, paisagens da vida mediterrânea, costumes do mar e de denúncias sociais. Em 1881 teve pinturas recusadas em concursos por não apresentarem temas históricos e nem dramáticos como era comum na época, e sim temas de marinhas valencianas.
Em 1882 começou a estudar a obra de Velázquez e de outros pintores, iniciando assim sua fase realista. Em 1883, conseguiu uma medalha a Exposição Regional de Valencia e, em 1884, alcançou a medalha na Exposição Nacional graças a sua obra “Defesa do Parque de Artelharia de Monteléon”, obra melodramática e escura, feita expressamente para tal exposição.
Em 1885, foi a Paris com o pintor Pedro Gil e conheceu a pintura impressionista. Ao regressar a Roma pintou telas com variações em sua temática e estilo. Em 1888, casou-se com Clotilde García em Valência e viveram um ano na Itália, na cidade de Assis. Nessa época pintava temas de costumes, por serem de fácil comercialização. Em 1889 vão para Madri e, em cinco anos, Sorolla alcançou fama e prestígio como pintor.
Em 1920, ele sofre uma hemiplegia, que deixou seu lado esquerdo inválido. Sua família tenta animá-lo, mas o pintor vai definhando até 10 de agosto de 1923, data em que falece em Cercedilla, província de Madri.
Os trabalhos mais típicos do artista se caracterizam por uma representação bastante realista das pessoas, além de paisagens vistas sob a luz do solo da terra natal.
Apesar de estar fora do roteiro turístico padrão de Madrid, a visita a esse Museu foi uma grata surpresa.
Lá além das obras do acerto, você pode encontrar exposições temporárias bem interessantes.
Como chegar
O museu fica na Calle General Martínez Campos, 37
Para chegar até ele, você pode utilizar as linhas 5, 7, 14, 16, 27, 40, 45, 61, 147 e 150 do ônibus.
De metrô, utilize a linha 1 e saia na estação Iglesia; linha 5 e saia na estação Rubén Darío ou utilizando das linhas 7 e 10 e saindo na estação Gregorio Marañón.
Opções não faltam! Adoro andar de ônibus em Madrid. Funcionam bem e você ainda vai admirando a cidade no caminho. Recomendo…
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A pesquisa para a vida do artista foi feita no site www.historiadasartes.com/prazer-em-conhecer/joaquin-sorolla
